Agentes territoriais de cultura de todos os estados do Brasil podem se inscrever até o dia 29 de outubro no “Propulsão Cultural: Multiplicadores”, treinamento online que pretende tornar os participantes aptos a ministrar um curso de escrita de projetos em suas regiões de atuação.
A metodologia foi desenvolvida pelo Comitê de Cultura do Paraná, em parceria com o Laboratório de Cultura Digital. A atividade de formação oferece cem vagas, que serão preenchidas de acordo com a ordem de inscrição dos agentes.
As aulas acontecem no próprio dia 29, das 18 às 22 horas, e dão direito a um certificado emitido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“O ‘Propulsão Cultural’ é um modelo já provado. Ele faz com que artistas e produtores que nunca antes acessaram recursos públicos consigam finalmente se financiar”, explica João Terra, coordenador metodológico do Comitê do Paraná. “E agora queremos que cada agente territorial se torne um mensageiro desse conhecimento, levando isso pra onde atua. É a democratização das políticas culturais na essência, pela base.”
No próximo dia 29, os agentes aprenderão não apenas sobre escrita de projetos, mas também a respeito dos mecanismos que regem a leis de incentivo – incluindo a Política Nacional Aldir Blanc – e o Sistema Nacional de Cultura (SNC).
“A participação dos agentes territoriais de cultura no treinamento do ‘Propulsão Cultural’ é essencial para fortalecer a articulação nos territórios e ampliar sua capacidade de orientar artistas e produtores locais”, diz Mirela Araújo, coordenadora-geral dos Comitês de Cultura em Brasília. “Essa atuação em rede é o que transforma a formação em ação concreta.”
O plano de trabalho dos mais de seiscentos agentes territoriais espalhados pelo Brasil prevê que eles realizem em suas comunidades as chamadas “ações estruturadas” de apoio a artistas e produtores. Para tanto, a sugestão do próprio Ministério da Cultura é que essas atividades sejam voltadas à formação local em políticas públicas.
“Isso é justamente o que é o ‘Propulsão’, se encaixa como uma luva”, garante João Terra. “Não estamos apenas fazendo uma formação, mas também cedendo aos agentes um modelo pronto, replicável, que eles podem usar em suas ações para cumprir os objetivos que precisam.”
No Paraná, o “Propulsão Cultural” já atendeu mais de quatrocentos artistas e produtores. A metodologia foi responsável pela aprovação em editais de dezenas de projetos. “Diversas pessoas que nunca tinham acessado recursos públicos, que nem mesmo tinham escrito um projeto em edital, já foram beneficiadas por essa metodologia. Ela já deu muitos frutos.”