Juliana Bonassa, especialista em História da Arte e Desenvolvimento Territorial, conduziu um diálogo sobre como cultura e agroecologia se entrelaçam na construção de alternativas ao agronegócio Destacou que cultura vai além da arte – é nosso modo de vida e relação com a terra, enquanto a agroecologia é um projeto político que enfrenta o modelo dominante. A discussão enfatizou como o agronegócio impõe sua cultura através de mídia e mercantilização, enquanto a agroecologia resiste integrando saberes tradicionais e arte popular. Exemplos como o MST mostraram como essa união fortalece lutas por soberania alimentar e reforma agrária. O encontro reforçou que transformar realidades exige unir práticas culturais e agroecológicas nos territórios, criando novas narrativas contra a dominação.

O objetivo central da atividade foi promover uma reflexão crítica sobre como cultura e agroecologia se articulam na construção de alternativas ao modelo hegemônico do agronegócio. Buscou-se demonstrar que a cultura, entendida como modo de vida e relação com o território, e a agroecologia, enquanto projeto político transformador, constituem pilares fundamentais de resistência à mercantilização capitalista imposta pelo agronegócio. Através de exemplos concretos como as experiências do MST, a discussão evidenciou como a integração entre práticas culturais e agroecológicas fortalece as lutas por soberania alimentar e reforma agrária, ao mesmo tempo que constrói novas narrativas capazes de enfrentar a dominação cultural e econômica vigente. O diálogo reforçou a importância de articular esses dois eixos como estratégia para a transformação social nos territórios.