O Comitê de Cultura do Paraná reuniu na tarde da última sexta-feira, 24, cerca de 30 parceiros e colaboradores para apresentar sua nova iniciativa, o “Propulsão Comunica: conteúdos digitais e combate à desinformação”. O projeto quer estimular a criação de campanhas estratégicas e inovadoras para as redes sociais, construindo uma rede colaborativa que enfrente as fake news e coloque em pauta temáticas de impacto social.
“Até agora, e acho que ficou claro pra todo mundo, não conseguimos estabelecer uma nova forma narrativa, de linguagem, de formato, de estética, dentro das redes sociais para o campo democrático”, ponderou João Paulo Mehl, coordenador do Comitê de Cultura do Paraná.
“É muito difícil disputar com a desinformação, com as fake news. Tudo o que choca se espalha mais rápido. A verdade muitas vezes não é tão interessante. Agora, vamos enfrentar essa briga de uma vez por todas.”
O encontro, que aconteceu no Espaço Cultural dos Bancários, no bairro Rebouças, em Curitiba, contou com a participação remota da diretora de Articulação e Governança da Secretaria Nacional dos Comitês de Cultura, Desiree Tozi.
Para Desiree, o “Propulsão Comunica” se encaixa à perfeição no espírito do programa pensado pelo Governo Federal. “A comunicação tem o papel fundamental de conectar pessoas, conectar realidades, conectar informações. E precisamos fazer reverberar o que a gente faz”, anotou.
“Os Comitês, que estão espalhados por todo o Brasil, têm essa verve, de fazer comunicação popular, estimular mentes e corações.”
Como funciona
O “Propulsão Comunica” vai selecionar 30 propostas de campanhas de comunicação digital, que tenham como tema a defesa de direitos e o combate a desinformação. Os escolhidos receberão bolsas para participar de uma maratona criativa de uma semana, com palestras, oficinas e consultorias, a fim de desenvolver os projetos de forma colaborativa.
No fim, uma votação online escolherá a melhor campanha, que receberá um prêmio em dinheiro, com valor ainda a ser definido. As inscrições do “Propulsão Comunica” devem ser abertas ainda no mês de fevereiro.
“Não estamos chegando pra trazer respostas”, explica João Paulo. “Esse projeto não é a resposta final. É uma rota pra encontrar caminhos. É um modo de a gente experimentar.”