Texto: Diângela Menegazzi. Foto: Antonio Kanova.
O Comitê de Cultura do Paraná promoveu a oficina “Direito à cultura do campo: corpo-território”, na Escola Milton Santos de Agroecologia, em Maringá, na quarta-feira, 21. Voltada para mulheres camponesas, a atividade integrou o curso de formação de multiplicadoras em agroecologia, reunindo participantes para um momento de escuta, troca e fortalecimento.
A proposta foi construir, de forma coletiva, reflexões sobre o conceito de corpo-território, provocando conversas entre as participantes sobre como os corpos carregam cicatrizes e histórias que se entrelaçam aos territórios onde vivem. Dinâmicas de poder, resistência e pertencimento estiveram no centro do debate.
Segundo Sylviane Guilherme, integrante do Comitê de Cultura e facilitadora da oficina, pensar o corpo como território é também uma forma de reivindicar o direito à cultura no campo. “Assim como o corpo carrega memórias e lutas, os territórios camponeses são espaços de resistência e afirmação identitária, onde a cultura popular é essencial para fortalecer vínculos comunitários e preservar histórias”, destacou.
A oficina reafirma o compromisso do Comitê de Cultura com a valorização das expressões culturais camponesas e com a criação de espaços formativos sensíveis às realidades das mulheres do campo, que seguem multiplicando saberes e práticas agroecológicas em seus territórios.
A atividade integrou o curso “Mulheres multiplicadoras da agroecologia e de sistemas de produção sustentáveis”, promovido por meio do projeto Bem Viver, uma iniciativa do Instituto Latino-Americano de Agroecologia Contestado (ICA) em parceria com a Itaipu Binacional.