Ao todo, evento dura quatro dias e vai assessorar projetos sociais e culturais a obterem mais visibilidade e engajamento nas redes
Depois de passar pelo Rio de Janeiro e pelo Distrito Federal, chega a Curitiba esta semana a ação Redes de Formação em Cultura Digital, que promove oficinas e palestras para assessorar projetos sociais e culturais a obterem mais visibilidade e engajamento nas redes. O encontro dura quatro dias.
A mesa de abertura acontece na quarta-feira, 13, a partir das 18 horas, no anfiteatro 400 da Reitoria (Rua General Carneiro, 460, edifício Dom Pedro I, 4º andar), com um debate sobre racismo algorítmico conduzido pela cientista da computação, pesquisadora e influencer Nina da Hora. O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita.
O Redes de Formação em Cultura Digital é uma parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Ministério da Cultura, que conta com o apoio local da UFPR, do Comitê de Cultura do Paraná, do Laboratório de Cultura Digital e da Mídia Ninja. Mais de 30 projetos de todo o estado foram selecionados para participar das mentorias. Veja aqui a lista completa: https://bit.ly/3UNkI8p
Eles receberão o assessoramento de professores, empreendedores, ativistas e demais convidados, que tratarão de temas como articulação em rede e comunicação criativa, além de abordarem assuntos da atualidade, como emergência climática, desinformação e o futuro da democracia.
Um exemplo dos projetos selecionados é o “Clube de Ciências, Arte, Cultura e Saúde Mental” do Colégio Estadual Rodolpho Zaninelli, localizado na Vila Verde, Cidade Industrial de Curitiba. O clube é inspirado na vida e na obra da médica psiquiatra Nise da Silveira, que revolucionou o tratamento de distúrbios mentais no Brasil.
Além de atividades externas, como visita a museus, teatros e faculdades de artes, o clube se reúne semanalmente para que os alunos possam refletir sobre o cotidiano e se expressar artisticamente, de forma livre e espontânea, conforme preconizava Nise da Silveira. “Tem sido muito potente”, garante a professora Fabiane Helene Valmore. “Os estudantes relatam, muitas vezes com choro, uma vida difícil e cheia de vulnerabilidades. Muitos dos nossos alunos vivem em sofrimento psíquico. Por isso, queremos ampliar o debate sobre saúde mental e desfazer estigmas.”
Já a iniciativa “Caminhos de Curitiba” vai avaliar aspectos como acessibilidade, condição das calçadas, poluição sonora e a existência de sombra e abrigos para definir o quão “caminhável” são os espaços urbanos da capital. “Caminhar promove saúde e bem-estar, incentiva a produção e o consumo conscientes e combate as mudanças climáticas”, defende Joice Gonçalves, professora do curso de Engenharia Ambiental da UFPR. “A cidade que promove a ‘caminhabilidade’ é uma cidade mais inclusiva.”
Outra proposta selecionada é a Cooperativa da Hortas Comunitárias, que pretende incentivar o consumo de alimentos frescos e saudáveis e gerar renda extra pra população do Tatuquara. “Estamos felizes demais com o nosso projeto, e ainda mais por ele ter sido selecionado pra participar desse evento. A gente não esperava”, diz a participante Vani Ribeiro.
Tanto o debate de abertura quanto as oficinas e palestras do Redes de Formação em Cultura Digital serão transmitidas também pelo Youtube. Para assistir é só acessar o link: https://bit.ly/40O6rfP.
Serviço:
Debate sobre racismo algorítmico com Nina da Hora
Redes de Formação em Cultura Digital
Dia 13 de novembro, a partir das 18 horas
No anfiteatro 400 da Reitoria da UFPR
Rua General Carneiro, 460, edifício Dom Pedro I, 4º andar